Novas leis da corrida
As orientações consagradas de treinamento, nutrição e prevenção de contusões são válidas, claro. Mas isso não quer dizer que sejam obrigatórias. Alguns treinadores, cientistas e outros especialistas do esporte estão desafiando o senso comum sobre o que fazer para se tornar um corredor melhor. Será que essa visão alternativa serve para você?
Por Bob Cooper | Ilustração Koren Shadmi
Você tem ouvido as recomendações de sempre por tanto tempo que aprendeu a aceitá-las como verdade absoluta. E, de fato, a maior parte desses conselhos é válida. Quem é contra aumentar a quilometragem, se programar para atingir o ápice da forma durante as provas importantes e alongar bastante, fortalecer a musculatura? Mas só porque muitos treinadores, cientistas esportivos e especialistas são unânimes em alguns pontos, não quer dizer que outras pessoas não pensem de modo diferente. Esses desafiantes apresentam lógica e evidências para sustentar suas opiniões e, se o que pregam acabar um dia prevalecendo, não será a primeira vez que as regras terão mudado. Na primeira maratona olímpica, pelo menos um corredor achou que era uma boa ideia beber vinho durante a prova. Não estamos dizendo que os que desafiam a sabedoria convencional estão certos ou errados. Somente que vale a pena considerar suas idéias, porque elas podem funcionar para você. Afinal de contas, na maratona de 1896, Spiridon Louis bebeu vinho. E venceu. Definitivamente, essa é uma prática que não recomendamos... Mas outras “subversões” de alguns dogmas você pode considerar. Veja quais.
Muitas milhas para maratonas
Pensamento convencional: você tem de acumular muitas milhas para correr uma boa maratona.
Visão alternativa: você pode correr uma quilometragem mínima e ainda assim atingir seu objetivo de tempo.
Muitas rotinas mais intensas de treinamento para a maratona exigem que você corra cinco ou seis dias por semana, atingindo uma rodagem total de 60 a 90 km. Dois especialistas de sucesso dos Estados Unidos acham que isso é demais para muitos corredores.
O programa de treinamento para maratonas desenvolvido por Jeff Galloway, ex-atleta olímpico dos Estados Unidos e colunista da RUNNER’S WORLD, recomenda que os iniciantes e os maratonistas mais rápidos corram apenas de três a quatro dias por semana. A quilometragem semanal chega ao máximo de 48 a 65 km, dependendo de seu objetivo de tempo. Galloway conta que 99% dos que participam de seu plano conseguem completar a prova. O programa de treinamento First, do treinador americano Bill Pierce, prega, de modo semelhante, que se corra somente em três dias da semana, com uma distância alta, de 51 a 56 km. Mais de dois terços dos corredores que seguiram esse programa conseguiram obter seus melhores tempos.
"Nosso programa não funciona somente para corredores mais lentos", afirma Galloway. "Tive corredores que quebraram a barreira das três horas correndo três vezes por semana, e me disseram que não conseguiram esse resultado quando corriam mais vezes." As marcas registradas desse programa são intervalos de caminhada regulares e uma corrida/caminhada bem longa, atingindo o máximo de 41 a 46 km. O programa First coloca ênfase na velocidade — treino de velocidade, tempo run (treino de ritmo) e um longão mais rápido — em três dias de corrida, mais dois dias de cross-training (musculação, bicicleta, natação etc.). "A filosofia por trás desse treino é que a intensidade é o principal fator necessário para melhorar o condicionamento", afirma Pierce. "Muitos corredores relataram sucesso com o programa First após vários fracassos com programas de alta quilometragem, além de acharem mais fácil encaixar apenas três corridas em suas agendas tão apertadas."
Você deve tentar?
Programas em que o menos é mais parecem adequados para corredores muito ocupados ou com tendência a contusões. Estudos e pesquisas com maratonistas validaram essa abordagem ao encontrar pouca relação entre quilometragem semanal e desempenho na maratona, especialmente para iniciantes, mas muita relação entre alta quilometragem e frequência de contusões.
Estratégia de velocidade
Pensamento convencional: treinos de velocidade devem incluir muitos tiros com períodos curtos de recuperação.
Visão alternativa: treinos de velocidade podem consistir em apenas dois tiros com uma recuperação longa.
A prova de que você é um corredor sério é a realização de treinos de velocidade longos e exaustivos: quanto mais repetições e menor o tempo de recuperação, mais durão você é. A lenda olímpica Emil Zatopek inspirou a tendência em 1954, com sessões épicas como 10 x 200 metros seguidos por 50 x 400 metros, totalizando 22 km. Desde então, corredores ambiciosos têm buscado atingir esse respeitável patamar.
Suzy Favor Hamilton e seu treinador Peter Tegen, no entanto, não concordam. No começo da temporada, ela realizou treinos mais leves, como 4 x 800 metros com 4 minutos de recuperação. Mais tarde, os treinos ficaram ainda mais rápidos e os períodos de recuperação, mais longos. Ela está convencida de que o treino mais importante para sua carreira é 2 x 800 metros com um longo intervalo de descanso de 15 minutos.
Que moleza, você deve estar pensando... Mas então como explicar seus sete títulos americanos e três participações olímpicas? Podem ser explicados pela velocidade com que correu aqueles dois 800 metros. Em três ocasiões, ela correu ambos em 2min04, somente 8 segundos a mais que o recorde americano.
Você deve tentar?
“Sempre acreditei em qualidade acima de quantidade”, diz Suzy Hamilton. “Quantidade o desgasta, mas qualidade o prepara.” Na próxima vez que for para as pistas, em vez de realizar um treino típico, como seis tiros de 800 metros em um ritmo de prova de 5 km com 2 minutos de descanso, realize apenas duas corridas de 800 metros com descanso de 15 minutos. Corra a primeira em seu ritmo forte e a segunda em velocidade máxima.
Treine até atingir um pico de treinamento
Pensamento convencional: você deve chegar gradativamente a um pico de treinamento, começando com um trabalho de base lento e adicionando aos poucos treinos de velocidade, antes de competir em sua prova-alvo.
Visão alternativa: execute o mesmo treinamento o ano todo.
A periodização, popularizada pelo falecido treinador Arthur Lydiard no início dos anos 60, tem esse nome devido aos períodos distintos do programa de treinamento, que levam progressivamente a picos de condicionamento: um treino de base que aumenta a resistência (quando a quilometragem lenta é aumentada), um período de desenvolvimento de força com foco em repetições de subidas, um período de treino de velocidade, um período em ritmo de prova e, por fim, um período de recuperação antes de recomeçar o ciclo. Nenhum sistema de treinamento é mais amplamente aceito.
No entanto, os críticos da periodização afirmam que todos os elementos-chave do treinamento podem ser interligados em um ciclo de uma ou duas semanas repetido durante todo o ano. Essa abordagem provou ser bem-sucedida para muitos corredores, inclusive para os grandes atletas australianos Ron Clarke, Derek Clayton e Rob de Castella, e treinadores como Scott Simmons.
"O treinamento pode progredir o ano todo com o aumento da quilometragem, da intensidade ou de ambos", afirma Simmons, que treina as estrelas da maratona do American Distance Project, Justin Young e Fasil Bizuneh. "À medida que se torna mais bem-condicionado, você se recupera mais rápido e pode treinar mais pesado. Mas não faz nenhum sentido diminuir qualquer elemento do treinamento, seja o treinamento aeróbico, anaeróbico ou de força, como pregado pela periodização. Por que interromper o desenvolvimento e começar novamente?"
Você deve tentar?
Simmons recomenda manter um ciclo de treinamento contínuo de uma semana que inclua um longão, uma sessão "limite" (tempo run) e um treino de velocidade. Nos outros dias, faça uma corrida leve, treine outras modalidades ou descanse. Ele reconhece que manter a mesma rotina o ano todo sem uma pausa é difícil. "A maioria das pessoas precisa de férias, nem que seja pelo descanso mental", afirma. "Pelo menos uma vez por ano, principalmente depois de uma maratona, reduza a quilometragem e elimine o treino de velocidade por algumas semanas."
Realize cross-training para obter condicionamento
Pensamento convencional: cross-training é bom para dias de recuperação, mas treino pesado deve ser sempre com corrida.
Visão alternativa: cross-training (especialmente ciclismo) pode melhorar de forma eficiente seu desempenho nas corridas.
O cross-training entrou lentamente na rotina dos corredores nas últimas duas décadas. Primeiro, começamos a praticá-lo para continuar em forma nos períodos pós-contusão ou quando aparecia a vontade de tentar um triatlo. Agora praticamos outras modalidades mesmo quando não estamos contundidos, para descansar músculos e articulações nos dias em que não corremos, como um treino aeróbico de baixo impacto. Mas a maioria dos treinadores e corredores ainda acredita que, quando se trata de melhorar a forma nas corridas, nada se iguala à corrida em si.
Desafiando essa crença, encontramos Richard Gibbens, um cientista especializado em exercícios e corredor do Texas, Estados Unidos. "O princípio da especificidade nos ensina que não há nada melhor para a corrida que correr", afirma Gibbens. "Mas pesquisas demonstraram que os treinos de alta intensidade de cross-training que utilizam os mesmos grupos musculares podem ser tão eficientes quanto a corrida no que se refere à melhora do desempenho."
Assim como Jeff Galloway e Bill Pierce, Gibbens acredita que o corredor médio precisa correr somente três dias por semana, escolhendo entre longões, tempo runs e treinos de velocidade, e realizar cross-training ou treino de força nos outros dois ou três dias restantes.
Você deve tentar?
Com certeza, se gosta de pedalar. Dois estudos compararam o treino só de corrida com corrida/ciclismo. Em ambos os estudos, corredores de nível médio a avançado realizaram de cinco a seis semanas de treinamento em grupos separados, um só de corrida e outro de corrida/ciclismo, que incluiu treino de velocidade. Os dois produziram o mesmo resultado: ao término do estudo, não foi encontrada nenhuma diferença significativa nos tempos de 5 km entre os dois grupos.
Trabalhe os músculos
Pensamento convencional: o treino de força o torna um corredor melhor.
Visão alternativa: seja seletivo quanto ao trabalho de força.
Se você é um corredor, precisa ir à academia pelo menos duas vezes por semana para fortalecer as partes inferior e superior do corpo. Não é o que defende Toby Tanser, que escreveu o livro More Fire: How to Run the Kenyan Way depois de dez anos ajudando a treinar e treinando com os principais atletas quenianos.
"O Rift Valley, no Quênia, é onde vive a concentração mais alta dos melhores corredores de longa distância e, para a grande maioria deles, o treino de força convencional não é uma opção", diz Tanser. "A maioria desenvolve uma força enorme no core [região do abdome] ao trabalhar nas fazendas desde pequenos, além de obterem ainda mais força ao correr nas estradas de terra do Quênia. As pessoas especulam que Martin Lel [duas vezes vencedor da Maratona de Nova York] ou Sammy Wanjiru [campeão da maratona olímpica de 2008] poderiam correr mais rápido se malhassem em uma academia. Mas eles poderiam também correr mais devagar", diz.
Tanser acredita que um corredor só precisa dos braços para se equilibrar, portanto um estilo de vida ativo é suficiente para a força dos braços, e também crê que as pernas são mais bem fortalecidas com corridas e exercícios pliométricos (saltos). "As pernas de Lel e de Wanjiru são como molas; quando correm, mal tocam o chão", ele diz. "Quando um corredor passa muito tempo na academia, ocorre um desgaste dessas 'molas'. Ao observar corredores no Central Park, consigo saber quais são frequentadores de academia porque a passada é estranha. Aqueles que não fazem nada além de correr têm pura simetria porque fortaleceram somente os músculos necessários para a corrida."
Você deve tentar?
O treinamento de força oferece muitos benefícios, como saúde melhor, controle do peso e corpo mais bonito, portanto há razões suficientes para continuar se você gosta desse tipo de treino. Contudo, se a musculação na academia for algo difícil para você, pergunte a seu treinador sobre outras formas de fortalecimento muscular — pilates e ioga, por exemplo. Você ainda pode usar borrachas ou fitas elásticas em casa para se exercitar. Correr em subidas e praticar sessões de saltos são outras formas de trabalhar a força. Quanto ao core, mantenha-o fortalecido com abdominais.
Não se esqueça de alongar
Pensamento convencional: alongamento regular é importante.
Visão alternativa: alongue se isso fizer bem para você.
Se costuma alongar ou não, você provavelmente supõe que seja importante. Afinal, esse exercício o deixa mais flexível, mais resistente às contusões e até mesmo mais rápido. Mas, se isso tudo for verdade, por que tantos quenianos não se alongam? Por que o lendário técnico Arthur Lydiard não era fã do alongamento? Porque simplesmente o assunto é polêmico e divide os especialistas.
"A maioria dos corredores tem uma fé injustificada nos benefícios do alongamento", afirma Paul Ingraham, corredor, massagista e jornalista especializado em saúde de Vancouver, Canadá. "Um grande volume de pesquisas demonstrou que o alongamento não o ajuda a se aquecer, a aliviar dores musculares, prevenir contusões ou melhorar o desempenho. Na verdade, nenhum benefício significativo e que possa ser mensurado foi jamais provado", ele diz.
Em artigos da literatura científica sobre o alongamento em 1999 e 2002, publicados no British Medical Journal e no Clinical Journal of Sport Medicine, constatou-se que o alongamento não apresenta estatisticamente efeito significativo no que se refere à redução de dores musculares ou contusões. Um estudo de 2008 realizado com 1020 soldados, em que metade deles se alongava, não revelou nenhuma diferença quanto à frequência de contusões.
Você deve tentar?
A mensagem de Ingraham é que você não precisa se sentir culpado se faz pouco ou nenhum alongamento. Mas ele admite que ainda se alonga um pouco, simplesmente porque se sente bem. Isso é fundamental. Se você toma cuidado e gosta de se alongar, e se isso funciona para você, não precisa parar. Mas, se tiver que optar, faça o alongamento depois do exercício. Isso foi consenso entre os especialistas entrevistados na reportagem da edição brasileira da RUNNER’S WORLD de abril de 2009. Antes de começar a correr, aqueça.
Reserve um tempo para a massagem
Pensamento convencional: massagens regulares aumentam o fluxo sanguíneo nos músculos e removem resíduos metabólicos.
Visão alternativa: as massagens podem diminuir o fluxo sanguíneo e a remoção dos resíduos metabólicos.
Desde a época em que os maratonistas eram massageados há um século, a massagem tem sido utilizada como ferramenta preciosa de recuperação. Muitos atletas acreditam que a massagem aumenta o fluxo sanguíneo nos músculos e removem resíduos metabólicos. Mas essa suposição nunca foi testada cientificamente durante uma massagem pós-exercício, até que um estudo canadense foi apresentado na conferência da American College of Sports Medicine em 2009.
"Os resultados do estudo identificaram claramente que a massagem pós-exercício não é capaz de melhorar o fluxo sanguíneo nos músculos e remover resíduos que afetam o desempenho muscular", afirma a co-autora do estudo, Victoria Wiltshire, da Queen’s University, em Ontário. "Se apresenta benefícios de recuperação muscular para os corredores, é resultado de outros mecanismos. O estudo demonstrou que o fluxo sanguíneo e a remoção de resíduos metabólicos dos músculos exercitados foram prejudicados, em vez de auxiliados pela massagem."
Você deve tentar?
Embora a massagem possa não eliminar suas dores musculares pós-corrida, estudos demonstraram que ela reduz a ansiedade e diminui a pressão sanguínea, entre outros benefícios, portanto não é completamente inútil.
Beba bastante água
Pensamento convencional: beba muita água.
Visão alternativa: beba somente quando tiver sede.
Hidratação, hidratação, hidratação. Você é bombardeado por essa mensagem todos os dias. Mas é realmente necessário beber água o tempo todo, na mesa do escritório ou em uma corrida pesada?
"Os seres humanos evoluíram para se hidratar de acordo com o que manda a sede, antes, durante e após os exercícios", afirma Tim Noakes, médico doutorado, autor do livro Lore of Running e professor de ciência esportiva da Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul. "Esse é o modo como todas as criaturas que foram estudadas funcionam, e não há motivo para acreditar que os humanos sejam isentos dessa regra biológica fundamental. Mas, por várias décadas, fomos informados de que a sede não é medida precisa da necessidade de líquidos durante os exercícios, que se esperarmos por ela será ‘tarde demais’ e que, durante o exercício, você deve beber quanto aguentar".
O cientista sul-africano é uma das vozes mais ativas que estão pedindo uma reeducação dos corredores devido à hiponatremia associada aos exercícios (também conhecida como intoxicação por água), à qual têm sido atribuídas pelo menos 12 mortes e 1500 enfermidades no mundo todo. São casos de hidratação em excesso, que pode causar inchaço do cérebro. Em contraste, Noakes diz, não há evidência clara de que níveis moderados de desidratação apresentem riscos à saúde durante os exercícios. "O bom senso só vai voltar quando os corredores agirem de acordo com os sinais que o corpo dá durante os exercícios", afirma.
Você deve tentar?
Não devemos beber oito copos de água por dia? Bem, a orientação "oito copos" é resultado da recomendação de ingestão diária de água, mas uma pessoa, em média, obtém boa parte dessa quantidade por meio do conteúdo líquido presente nos alimentos e bebidas. O que não quer dizer que você não deva ingerir líquidos em longões ou em dias quentes. Mas isso deve ocorrer em resposta à sede, não como estilo de vida.
Tênis corrige problemas
Pensamento convencional: corra com um tênis com bastante proteção, isto é: amortecimento para proteger as articulações e elementos de controle de movimento para corrigir a pisada.
Visão alternativa: quanto menor for o amortecimento e a quantidade de elementos de estabilidade de um tênis, melhor, porque eles apenas impedem a conexão entre o pé e o solo.
Os tênis de corrida costumavam ser bem finos até cerca de 1970, quando começou a virada para modelos mais pesados e mais elaborados. "A maioria das solas hoje em dia é simplesmente espessa demais e os elementos para controle de movimento, muito restritivos", afirma Phil Maffetone, autor do livro In Fitness and In Health e ex-técnico de corredores e triatletas renomados. "O principal problema desses tênis é que eles impedem que as terminações nervosas de seu pé percebam o stress gravitacional de cada passada e façam pequenos ajustes para eliminar esse stress. As pesquisas demonstram que os chamados recursos protetores, na verdade, aumentam a frequência de contusões."
Alguns minimalistas vão um passo além e pregam a prática da corrida com pés descalços, mas Maffetone observa que isso não é viável para a maioria dos corredores. Os tênis minimalistas, geralmente chamados de tênis de desempenho ou de prova, têm a vantagem extra de serem mais leves. "Todas as marcas produzem bons tênis", afirma Maffetone, "mas é melhor evitar modelos com suporte e amortecimento em excesso."
Você deve tentar?
Ron Hill, vencedor da Maratona de Boston em 1970 e três vezes atleta olímpico, costumava correr descalço, mas mudou para tênis leves depois de pisar em um caco de vidro. "Com a variedade de materiais disponíveis hoje em dia, é possível encontrar tênis leves que ofereçam amortecimento e proteção", diz ele. Alterne tênis leves com seu tênis regular por algumas semanas para acostumar-se com menos suporte e testar se são adequados para você.